Stephen King sem terror
A leitura estética e literária de Stephen King é louvável e já recebeu muitíssimas adaptações frente às câmeras de Hollywood. Mas, por uma brincadeira do destino, o mago das peças e histórias de horror recebeu suas melhores versões no cinema nas narrativas que não fazem alusão direta a assassinos, cemitérios fantasmas, bebês demoníacos ou seres metafísicos.
É verdade que há clássicos do terror moderno que saíram da caneta de King como, por exemplo, “O Iluminado”, eternizado pelo perfeccionismo latente de Stanley Kubrick; a também boa história em “Carrie, a Estranha”, um dos maiores sucessos de De Palma e que rendeu a indicação ao Oscar para a atriz Sissy Spacek — a protagonista que da vida à Carrie, a menina menosprezada do colégio com exóticos poderes paranormais; e, ainda, “Louca Obsessão”, uma bem elaborada trama de King sobre um ator famoso que, depois de sofrer um acidente de carro, é cuidado por uma fã maléfica e psicótica. Entretanto, mesmo os filmes sendo bons, as melhores adaptações das obras de Stephen King estão no gênero drama, como “Conta Comigo” e, principalmente, “Um Sonho de Liberdade”. Lançado em 1994, — que tem o nome original de The Shawshank Redemption — é uma versão do conto escrito por Stephen King, em 1982, chamado Rita Hayworth and the Shawshank Redemption.
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