De Gaulle impediu fuga de Céline para a Espanha
O jornal espanhol “El Mundo”, publicou reportagem, “Céline quis fugir para a Espanha”, na qual se diz que, apesar do apoio do ditador Francisco Franco, o líder e general francês Charles de Gaulle impediu pessoalmente a escapada. De Gaulle disse a Franco que o asilo a Louis-Ferdinand Céline (1894-1961), escritor fascista que atacou violentamente os judeus, atrapalharia as relações diplomáticas e comerciais entre os dois países.
O texto de “El Mundo” é baseado em reportagem de ‘L’Express”, que inspirou-se em extensa pesquisa da revista “Histoires Littéraires”, que teve acesso aos arquivos do Ministério do Exterior da Espanha. Em 1949, com a derrota da Alemanha e a vitória dos Aliados, aqueles que eram fascistas, como Céline, corriam risco de prisão e, mesmo, à pena de morte. O advogado do escritor, Jean-Louis Tixier, avaliando que o governo francês seria duro com o colaborador do regime nazista de Vichy, recomendou que escapasse para a Espanha, país dirigido por um político que tinha simpatia pelo nazi-fascismo. A punição seria severa. Céline, pressionado por sua mulher, Lucette, procurou as autoridades espanholas por intermédio de seu amigo Antonio Zuloaga, “antigo adido cultural da embaixada espanhola em Paris”. Franco concordou com o pleito, mas, sob pressão do então poderoso De Gaulle, recuou. “El Mundo” frisa que a história está documentada em “Le Rêve Espagnol de Céline — Documents Inédits”, apontado como “amplo estudo” de Jean-Paul Goujon, historiador e professor emérito da Universidade de Sevilla.
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