O segredo de Karl Marx
O alemão Karl Marx, que viveu como pobre e sustentado pelo amigo Friedrich Engels, um industrial rico, amava sua mulher, Jenny Marx, que, embora sem posses, era de origem aristocrática. Numa carta de 1856, o filósofo e economista escreveu: “Meu querido amor, tenho a imagem viva de você em minha frente, tomo você em meus braços, beijo você da cabeça aos pés, ajoelho-me diante de você e suspiro ‘Madame, eu a amo’. E eu de fato amo você mais do que o Mouro de Veneza jamais amou. (...) Mas o amor de uma querida, isto é, você, torna um homem novamente homem. De fato há muitas mulheres no mundo, e algumas delas são belas. Mas onde encontrarei outro rosto no qual cada traço, até cada ruga relembra as maiores e mais doces memórias de minha vida”. As biografias estão de acordo: Marx e Jenny viveram num ambiente de extrema penúria, às vezes sem dinheiro para comer, pagar aluguel e enterrar um filho, Edgar, de 8 anos, mas se adoravam. Eram cúmplices. Sobre a morte do filho, Marx escreveu a Ferdinand Lassalle: “Bacon diz que os homens realmente importantes têm tantas relações com a natureza e o mundo que eles se recuperam facilmente de qualquer perda. Eu não pertenço a estes homens importantes. A morte de meu filho abalou profundamente meu coração e minha mente e ainda sinto a perda tão vivamente como no primeiro dia. Minha pobre esposa também está completamente abatida”. A carta é de 1855 e mostra um pai amoroso lamentando a morte de seu “único” filho homem. Mas o autor de “O Capital” matou simbolicamente outro filho, Henry Frederick Demuth, o Freddy, e não se conhece algum lamento escrito de sua autoria.
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